Saiu à rua bamboleando numa embriaguês demasiado demorada.
A calçada da praça brincando com ela numa dança frenética de impressões.
Refugia-se num habitual café que lhe alimenta a esperança de voltar à vida lá fora refeita do susto. Há de passar. Levanta-se. Sai do café e sorri. E regressa... vozes, sombras, sussuros maliciosos, sorrisos jocosos... acelera o passo e o latejar do coração aumenta... Entra no carro, sai do carro e a viagem de elevador na companhia de uma estranho torna-se estranhamente assustadora. As portas que nunca mais abrem, a respiração débil e incomodativa, as paredes de metal num constante soluçar que é também dela a cada inspiração, como se saída estivesse de um choro compulsivo, aparentemente injustificado.
In-feliz-mente: tudo chega ao fim... e o frenezim, nascido de um punhado de tarefas simples a cumprir, termina. Entra em casa.
Chegou, finalmente, a porto seguro.