Lupe Fiasco ft. Jill Scott
quinta-feira, janeiro 17, 2008
sexta-feira, julho 27, 2007
terça-feira, abril 03, 2007
Marias Há Muitas
Maria Papoila, prima da Maria Cachucha, tinha grande afinidade com uma piquena lá do bairro, de nome Rosa Saltitona... de tamanha credulidade, que ficara conhecida como Rosa Parvalhona. Num belo dia de aguaceiro, foi tanto o nevoeiro que a Rosa, num saltito, deu com a cabeça num penico. Naquele espelho de água suja, visionária quanto baste, pos-se fina, pois então: aí estavam os dois - ela primeiro, ele depois - a enteada do Frederico a por-lhe fim ao namorico - (que já contava quase duas semanas!).
Era a filha da Joaquina, - (Maria Papoila, ali da esquina) - amigada com o Frederico (da padaria) - há quase duas semanas!
segunda-feira, agosto 28, 2006
...
...não sou capaz de escrever. tenho medo de desiludir-te. a ti que sempre me apoiaste. a ti que ainda me agradeceste por um talento que é teu. a ti, por seres único, sou eu quem tem que agradecer. diabo com os "se der" "se puder" " se conseguir". tretas. diabo com as faltas de tempo. mas também, merda para o que podia ter sido. importa o que é... e sempre será! mas isso, por mais que tente, por mais que me digas que consigo... não sou capaz de escrever...
sábado, julho 29, 2006
Atirem-me um cajado, por favor!
já fumei mais que uma carroça, (que me perdoem os mais susceptíveis, por linguagem tamanhamente grosseira), mas também... não sou nenhum burro de carga! Se bem que, pelo menos aos olhares mais absortos não devo deixar grandes dúvidas. Na verdade, ao que parece, sou pastor... pelo menos assim me têm tratado ao longo deste dia maior, que vai de mal a pior! Pensado melhor... acontece que sou guardador... de abelhas, mascaradas de ovelhas.
Que bem que se está no campo (not).
sexta-feira, julho 28, 2006
Satisfaz menos
- mais uma revisão no carro, menos uma tenda na garagem;
- mais cartas no correio, menos dinheiro na conta;
- mais uma semana (de seis dias) de trabalho, mais cabelos brancos, mas menos cabelos (não porque caem mas porque só posso arrancá-los) - fizesse eu o que me apetece e somava menos um emprego;
- mais dias à espera, menos paciência;
demasiados pontos obtusos e triangulos escalenos... de pontas soltas e flácidas. Abaixo a geometria. noves fora nada! - (que é resultado desta equação). Menos com menos... não devia dar mais?! A matemática nunca foi o meu forte. ;)
Arritmias
num compasso - de espera - aparece, sem que se faça
anunciar... devagar. como tem que ser. um compasso
único e indescritível que se faz seguir de outros,
em crescendo.
a cadência perfeita! embora pautada por síncopes...
arritmias... sem tempo. porque esse, afinal,
pouco importa - não consigo decidir se parou ou
passou a bater mais veloz? - mas o corpo, em
silêncio, sente-o... a cada vibração. e toca.
lentamente, toca. abraça e escuta cada movimento,
agora ao ritmo de murmúrios, fundidos num único
timbre que geme ao ouvido quase parecendo gritar.
ao tempo da respiração quente (o único tempo que
pode haver, o outro - já decidi - parou, lá atrás).
o calor abafado entre lençois tépidos ao som dos
corpos entretecidos garante que estão vivos. mais
do que nunca.
segunda-feira, julho 03, 2006
Correntes de ar...
Desço em queda livre e deixo-me cair no mais
puro algodão, que amortece e torna tenro e terno
o aterrar. uma bola imensa que me envolve... uma
placenta confortavel e aconchegante que, num
ápice, se esfuma e fere com picos de rosa. toquei
o chão e quero cair de novo. que o mundo acabe e
o espaço fique. que haja lugar. sem mais. sem
tudo o resto. O que alcanço não é o que desejo.
quero o que está para lá mas não quero lá
chegar. o percurso é sinuoso e o cansaço da
última viagem deixou marcas pelo chão. se alguem
houver que as siga - recuso-me a visitas
guiadas! - mas deixo-me guiar no turbilhão,
para acabar perdida entre as correntes que me
engolem e os membros que não respondem. custa-me
respirar. perdi o fôlego.
talvez em bicos de pés consiga tocá-lo. a margem
ao alcance de um abrir de braços... e não
consigo vê-la!
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