sexta-feira, julho 28, 2006

Arritmias

num compasso - de espera - aparece, sem que se faça anunciar... devagar. como tem que ser. um compasso único e indescritível que se faz seguir de outros, em crescendo.
a cadência perfeita! embora pautada por síncopes... arritmias... sem tempo. porque esse, afinal, pouco importa - não consigo decidir se parou ou passou a bater mais veloz? - mas o corpo, em silêncio, sente-o... a cada vibração. e toca. lentamente, toca. abraça e escuta cada movimento, agora ao ritmo de murmúrios, fundidos num único timbre que geme ao ouvido quase parecendo gritar. ao tempo da respiração quente (o único tempo que pode haver, o outro - já decidi - parou, lá atrás).
o calor abafado entre lençois tépidos ao som dos corpos entretecidos garante que estão vivos. mais do que nunca.

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