num compasso - de espera - aparece, sem que se faça
anunciar... devagar. como tem que ser. um compasso
único e indescritível que se faz seguir de outros,
em crescendo.
a cadência perfeita! embora pautada por síncopes...
arritmias... sem tempo. porque esse, afinal,
pouco importa - não consigo decidir se parou ou
passou a bater mais veloz? - mas o corpo, em
silêncio, sente-o... a cada vibração. e toca.
lentamente, toca. abraça e escuta cada movimento,
agora ao ritmo de murmúrios, fundidos num único
timbre que geme ao ouvido quase parecendo gritar.
ao tempo da respiração quente (o único tempo que
pode haver, o outro - já decidi - parou, lá atrás).
o calor abafado entre lençois tépidos ao som dos
corpos entretecidos garante que estão vivos. mais
do que nunca.
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